Ensaio sobre a Cegueira

Publicada por Patricia

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Absolutamente genial!! Estou a ficar completamente apaixonada pela obra de José Saramago. Por mais estranho que pareça ainda não vi o filme que foi feito acerca deste livro, mas o livro é absolutamente fantástico. As linhas gerais da história já todos conhecem: um homem deixa de ver enquanto espera pelo semáforo verde - é atacado por uma cegueira branca. Rapidamente se percebe que este novo tipo de cegueira é uma epidemia e gradualmente todos cegam, à excepção de uma mulher. O livro relata a desumanidade em que cai a sociedade, traz ao cimo o pior que há em cada um de nós, mostra que não estamos tão longe dos animais quanto julgamos.

A maneira como a descrição é feita, ao estilo que já começo a reconhecer como tão característico do autor é fenomenal. E tenho a dizer que agora tenho mesmo que ver o filme. Acho que foi preciso muita coragem para passar este livro para a grande tela.

Deixo uma frase que resume a essência do livro:

“Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que veêm, Cegos que, vendo, não veêm”.

Selos :-)

Publicada por Patricia

Aqui estão os primeiros selos deste blog, com o meu obrigado à Miar à Chuva

 

Perguntas:
- Qual o livro que está lendo ou qual o último que leu?
Neste momento estou a começar o “Ensaio sobre a Cegueira” e acabei de ler “Valete de Copas e Dama de Espadas”, de Joanne Harris.

- Qual livro preferido?
Para mim é sempre difícil escolher um livro favorito mas a trilogia de Sevenwaters, de Juliet Marillier e “Momento Inesquecível” de Nicholas Spark estão no top, assim como o Diario de Anne Frank.

- Autor, capa, recomendação ou sinopse?
Se conhecer o autor é meio caminho andado para ir até à livraria. Mas no local é a sinopse e capa que me fascinam. Se já tiver ouvido falar bem ajuda, mas mesmo que falem mal… normalmente gosto de comprovar por mim própria.


- Um livro que não consegue terminar de ler.
O único livro que não terminei de ler até hoje foi “A Montanha Mágica”.


-Aquele que não sai de sua cabeceira.
O que estiver a ler na altura. Se bem que a obra completa de Jane Austen vai ficando, porque normalmente vou lendo cada romance entre os outros.


- Escritor preferido.
Juliet Marillier, Isabel Allende, Jostein Gaarder, entre muitos outros… José Saramago está agora a entrar para esta lista.

-Eu recomendo:
Os meus livros favoritos e todos dos autores que referi. Também recomendo as Intermitências da Morte de José Saramago.

- Não recomendo:

Não há assim nenhum livro em especial, mas o último que li e que não gostei mesmo nada foi Lili, La tigresse de Alona Kimhi.

-E eu passo este selo para (só porque são os primeiros de que me lembro, podia escolher muitos outros):


- Estante de livros;

- Palavras Partilhadas;

- Mil livros, um sonho;

- Marcador de Livros;

- Este meu cantinho;

- As minhas leituras;

- Folha de Rascunho;

- Bibliomigalhas;

- Leituras e Devaneios;

- Nossos Romances.

 

 

    8 caracteristicas minhas:

    - Divertida

    - Teimosa

    - Amiga do meu amigo

    - Ambiciosa

    - E devia escolher mais 4… mas não estou inspirada…

    Passo este selo aos mesmos blogues que referi anteriormente.

Valete de Copas e Dama de Espadas

Publicada por Patricia

2593615_dZfi3Este era o último livro (pelo menos dos que conheço) de Joanne Harris que me faltava ler, de maneira que na última visita à biblioteca veio comigo para casa.

Antes de pegar no livro li uma crítica positiva mas que salientava que o livro não tinha nada a ver com os demais e não tem de facto. Mas no meu caso, esta nova vertente não me agradou muito.

A história do livro gira à volta de um pintor com obcessão por mulheres criança, ocultando um caso de complexo de  Édipo. Sensivelmente a meio da história entra em jogo outra personagem que dá um tom sobrenatural à história. Passamos a ter espirítos, e vivos a sair do corpo para realizar viagens espirituais. Pessoalmente achei que o livro se torna demasiado confuso e até um bocado mórbido. Mas gostos são gostos.

Mentiras e Traições

Publicada por Patricia

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Bem, e lá estou eu com outro livro de Nora Roberts nas mãos. Uma escritora muito adequado ao Verão e à praia, dado que as histórias se seguem facilmente. Dos livros que já li de Nora Roberts (por esta altura cinco), este é aquele de que mais gostei porque apesar de ter um romance no centro da acção, tem também toda uma intriga relacionada com segredos antigos, vingança e problemas familiares. Para além disso, tem como ambiente de fundo o mundo das corridas de cavalos que desconheço completamente e acerca do qual nunca havia lido nada. A autora esmera-se a descrever o ambiente que se vive na pista, quer em dia de treinos quer em dia de competição. O amor que os treinadores e donos possuem pelos cavalos é algo descrito de forma maravilhosa, e os sentimentos dos cavalos fazem nos vê-los como se fossem humanos. Principalmente por este aspecto gostei imenso do livro. Mas também saliento a forma como a intriga está montada pela positiva. Portanto se quiserem ler algo de Nora Roberts, entre os livros que li aconselho este.

Emma (Jane Austen)

Publicada por Patricia

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Já lá vão uns aninhos desde a Feira do Livro em que comprei a obra completa de Jane Austen, no entanto por o estilo ser semelhante entre as diferentes obras (e por ser a versão inglesa) a leitura tem sido espaçada. Desta vez, dei uma oportunidade a Emma e tenho a dizer que não saí desiludida. Tal como já tinha referido anteriormente um dos aspectos de que mais gosto na escrita de Jane Austen é a ironia com que retrata a época. É delicioso seguir a forma como a autora retrata os diversos escalões da sociedade e forma como supostamente alguém está ao nível, ou não, para ser a “desirable attatchment”.

A personagem principal desta história é Emma, criada por um pai de saúde frágil (que parece ser uma constante nesta época histórica) e por uma governanta que entretanto casa, afigura-se bastante mimada e com uma inclinação para se armar em casamenteira.

A história está dividida em três partes. Numa primeira parte é relatada a relação de Emma com Harriet Smith, uma jovem de nascimento inferior com quem Emma tenta pôr em prática os seus dotes de casamenteira. Na segunda parte entram em palco dois novos personagens Miss Jane Farfaix e Mr. Frank Churchill, por quem Emma nutre sentimentos contraditórios, alguma dor de cotovelo pela primeira e afinidade pelo segundo.  Ao longo das duas primeiras partes surgem uma data de “novelos” e mal entedidos que acabam por ser resolvidos apenas na terceira parte, acabando a história com o final feliz para todos os envolvidos. É fantástico deslindar quem pode estar interessado em quem pelos pequenos sinais, sem ter qualquer certeza maior para no fim ver as perspectivas confirmadas (ou não). A maneiro como Austen o faz é simplesmente brilhante.

Com isto, se gostarem da autora ou deste estilo de escrita, não deixo de aconselhar.