Colleen McCullough decidiu neste livro retormar a história das irmãs Bennet, que Jane Austen nos tinha apresentado em Orgulho e Preconceito.
Dezassete anos depois encontramos as 5 irmãs:
> Jane Bennet continua casada com Mr. Bingley, cultivando uma inúmera prole.
> Elisabeth e Mr. Darcy vivem dias conturbados no seu casamento, agravados pelas inúmeras filhas e um único filho varão, que não corresponde ao ideal do pai.
> Lydia, na ausência do seu marido em guerra, entra numa espiral destrutiva de bebida e homens;
> Kitty, viuva, dedica-se ao cultivo da moda e das relações sociais.
> E por fim, Mary, que conhecíamos pelo desastre ao piano, será a grande personagem deste livro. Depois de passar os últimos dezassete anos a cuidar da mãe, com o seu falecimento decide tomar as rédeas da sua vida, dando origem a acção principal deste livro.
Pessoalmente sou uma grande fã dos livros da Jane Austen e gosto sempre de reencontrar as personagens que me são queridas. Por isso, foi com grande entusiasmo que peguei neste livro, até porque gosto imenso da escrita de Colleen McCullough que já conhecia de Pássaros Feridos e de Tim.
Para mim a personagem de Mary foi uma verdadeira surpresa, não só pela evolução face à obra de Jane Austen mas também pela forma como se desenvolve ao longo do livro.
Com a recém adquirida liberdadem Mary decide encetar uma aventura, que resulta em peripécias um tanto ou quanto irrealistas que na minha opinião constituem um dos pontos fracos do enredo.
Ainda assim, Mary, de uma personagem decidida mas um pouco ingénua no inicio do livro, terminamos com uma mulher cheia de garra. Provavelmente na mais forte das irmãs Bennet.
Apesar do irrealismo de algumas situações, a autora consegue prender o leitor e no fim, temos um final que deixa um sorriso nos lábios.