Após umas longas semanas voltei a pegar num livro que não fosse técnico. Para começar achei que seria uma boa opção algo mais “soft”, de maneira que quando fui à biblioteca peguei no primeiro livro de Danielle Steel com que me deparei “Amargo e Doce Amor”. No Verão passado tive contacto com a autora através de “Um Longo Caminho para Casa”, que pura e simplesmente adorei. Os livros no entanto têm conteúdos muito diferentes e este último enquadra-se mais no estilo “cor de rosa” do que o anterior. Ainda assim, para quem gosta, é um livro muito bem descrito, de tal maneira que as emoções conseguem sair das páginas.
Neste livro conhecemos a história de India, casada e com quatro filhos. Na sua juventude, a personagem foi reporter fotográfica em zonas de guerra, no entanto acabou por abdicar da carreira aquando o casamento. Tudo corre bem até India decidir que está na altura de retomar a sua carreira profissional, decisão à qual o seu marido se opõem terminantemente, acabando por transparecer o pouco respeito que alenta pela antiga profissão da esposa assim como a visão pouco romântica que tem acerca do seu casamento. Toda esta situação provoca uma revolução na maneira como India vê o seu mundo e na sua própria maneira de ser e de viver.
Pessoalmente, a cada página dava-me vontade de estrangular o marido de India. Dado que valorizo imenso a carreira profissional o simples facto de ter alguém a achar que pode decidir o rumo que lhe dou deixer-me-ia louca. Nesse sentido foi um livro que mexeu bastante comigo, acabando por passar cada página a torcer para que a India se visse livre do marido e seguisse os seus sonhos. O impacto em cada leitor há-de ser naturalmente diferente, mas pessoalmente aconselho o livro. No meu caso prefiro a autora a, por exemplo, Nora Roberts, porque acho que consegue criar emoções mais intensas e situações menos convencionais. Mas mais uma vez, trata-se apenas de uma questão de gosto. A cada um a liberdade de formar a sua opinião.