O Segredo de Cibele

Publicada por Patricia

Cibele

Uma jovem, uma éfige quebrada de uma antiga deusa, uma mulher sofisticada, a cidade de Istambul, um barco com velas encarnadas, um homem com a face atravessada por uma cicatriz, um pirata com um lenço vermelho, um livro antigo com um código secreto, uma fonte, uma gárgula, uma velha vestida de negro... estes são alguns elementos que podemos encontrar na capa do último livro de Juliet Mariller e que ilustram muito bem a história que encontramos ao virar de cada página.

Paula, a irmã erudita que já haviamos descoberto em Danças na Floresta, acompanha o pai a Istambul para adquirir um objecto que pertencera ao culto da Deusa Cibele e que tem a fama de conceder fortuna a quem o possuir. Nesta cidade vê-se na necessidade de contratar um guarda costas, sendo o eleito o búlgaro Stoyan. Durante a sua estadia, Paula também trava conhecimento com o pirata português Duarte Aguiar e com a erudita Irene de Volo. No decorrer da história, a aquisição da peça vê-se envolta em diversas complicações, existindo pessoas na corrida sem quaisquer escrúpulos. Ao mesmo tempo, vai-se desenrolando uma relãção entre Paula e Stoyan que nada tem a ver com a tipica relação patroa empregado. Durante todo este tempo, Paula é guiada por sinais de habitantes do Outro Mundo, incluindo a sua irmã Tati, que havia desaparecido à seis anos. Por fim, Paula, Stoyan e Duarte empreendem uma viagem até uma aldeia isolada de forma a devolver a éfige da deusa à sua origem.

Depois de ter lido todos os livros de Juliet Marillier, não aponto este último como um dos melhores (a preferência vai para a Filha da Floresta e para Espada de Fortriu). No entanto, não deixa de ser um bom livro, em que a magia e o fantástico acompanham as personagens a cada passo. O trio amoroso criado pela autora também está bem conseguido, deixando os leitores sem saberem por quem torcer. A maneira como Juliet Marillier expressa as ideias e emoções não deixa ninguém indiferente, conseguindo criar uma identificação.

"Nunca mais lhe poderia tocar nos ombros fortes, nunca mais lhe sentiria a presença quente a meu lado, nunca mais o veria quando olhasse para cima. Aquela era a última noite. Enquanto a música não acabasse, podia fingir que não teríamos de dizer adeus um ao outro".

2 comentários:

  1. Anónimo disse...

    Citação estranhamente familiar... :)

  2. Anónimo disse...

    :-p

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