Decorria o ano de 1786 quando Mary foi condenada à forca por ter roubado um chapéu. Quando lhe foi dito que afinal se encontrava no grupo de condenados seleccionados para embarcar para a distante Baía de Botany, Mary pensou que lhe havia saído a sorte grande, que finalmente iria ter a oportunidade de viver a sua grande aventura. No entanto, o processo não foi assim tão simples. Após a setença passou meses no navio prisão, sobreviveu a uma viagem extremamente longa por mar para chegar a uma terra desolada e lidar com o expectro da fome. Para sobreviver, Mary demonstrou uma força de carácter e determinação impressionantes, não hesitando perante as escolhas mais dificeis.
Antes de começar a ler o livro já havia sido alertada de que não se tratava de um romance cor de rosa. No entanto, tanto o título como a capa estão extremamente desadequados. O próprio sub titulo “Até onde iria por amor?” transmite uma ideia incorrecta. Neste livro é principalmente o amor pela liberdade que está em causa.
Neste livro, Lesley Pearse explora as condições sub humanas a que foram expostos os condenados ingleses deportados para a Austrália, baseando se na história verídica de Mary. Fá-lo através de uma escrita simples que consegue prender o leitor desde a primeira até à ultima página. No fim fica apenas um desejo de que Mary tenha tido efectivamente o seu final feliz. Por isto tudo, adorei o livro.
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