De volta ao final dos anos 20, Luís e Amélia conhecem-se no liceu em Bragança e dão azo a uma paixão que vai acabar por moldar o curso das suas vidas. Toda a história se desenrola tendo como pano de fundo o regime salazarista, intercalado com episódios da guerra civil espanhola.
Após ter lido diversas criticas acerca deste livro, tive curiosidade em pegar-lhe. Um dos primeiros aspectos que reparei ao iniciar a leitura, foi a escrita. O autor teve o cuidado de usar expressões tipicas da época assim como da região em que decorre determinada cena. Foi extremamente curioso deparar me com expressões tipicas nortenhas que nunca havia ouvido. Também gostei da história em si, do conjunto de acontecimentos e coincidências que levam ao afastamento e reencontro entre Amélia e Luís. A realidade do Estado Novo em que não é a verdade que conta, mas como é que cada um pode ser utilizado em função do estado, foi sem dúvida uma mais valia, já que nunca havia lido acerca desta época histórica (para além dos livros de história claro). Saliento ainda pela positiva a menção à guerra civil em Espanha, que sempre me havia passado ao lado, se bem que neste aspecto acho que o autor fez descrições demasiado exaustivas. O “lema” de vida de Luís também é um pouco fraquinho - “Viver é sofrer” é no mínimo simplista. De qualquer forma, considerei A Vida num Sopro um livro interessante, que se lê facilmente e portanto muito bom para descomprimir. Deixo ainda uma citação:
“A morte é o despertar. Passamos um universo inteiro a flutuar no vácuo da não existência; a vida não passa de um fugaz tremeluzir da chama do petromax na vasta noite da eternidade. A vida é a anomalia, a morte é o regresso ao estado original; a vida é um sopro e a morte é o ar.”
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