Emma (Jane Austen)

Publicada por Patricia

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Já lá vão uns aninhos desde a Feira do Livro em que comprei a obra completa de Jane Austen, no entanto por o estilo ser semelhante entre as diferentes obras (e por ser a versão inglesa) a leitura tem sido espaçada. Desta vez, dei uma oportunidade a Emma e tenho a dizer que não saí desiludida. Tal como já tinha referido anteriormente um dos aspectos de que mais gosto na escrita de Jane Austen é a ironia com que retrata a época. É delicioso seguir a forma como a autora retrata os diversos escalões da sociedade e forma como supostamente alguém está ao nível, ou não, para ser a “desirable attatchment”.

A personagem principal desta história é Emma, criada por um pai de saúde frágil (que parece ser uma constante nesta época histórica) e por uma governanta que entretanto casa, afigura-se bastante mimada e com uma inclinação para se armar em casamenteira.

A história está dividida em três partes. Numa primeira parte é relatada a relação de Emma com Harriet Smith, uma jovem de nascimento inferior com quem Emma tenta pôr em prática os seus dotes de casamenteira. Na segunda parte entram em palco dois novos personagens Miss Jane Farfaix e Mr. Frank Churchill, por quem Emma nutre sentimentos contraditórios, alguma dor de cotovelo pela primeira e afinidade pelo segundo.  Ao longo das duas primeiras partes surgem uma data de “novelos” e mal entedidos que acabam por ser resolvidos apenas na terceira parte, acabando a história com o final feliz para todos os envolvidos. É fantástico deslindar quem pode estar interessado em quem pelos pequenos sinais, sem ter qualquer certeza maior para no fim ver as perspectivas confirmadas (ou não). A maneiro como Austen o faz é simplesmente brilhante.

Com isto, se gostarem da autora ou deste estilo de escrita, não deixo de aconselhar.

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